A desproteção hoje tão evidente teve início com o parto, no momento em que foi decepado o cordão que me prendia ao conforto de minha matriz. Nascer é receber a imposição da sobrevivência. A simbiose que antes me supria de sangue, carnes e ossos teve o seu fim. O ser que até então se escondia na penumbra da cidade materna foi arrancada e exposta à luz. (MELO, Pe. Fábio De. ORFANDADES - O destino das ausências, 2015, p. 45).