Sou antiga que só. Ainda prefiro a madeira nobre e sua dureza permanente aos compensados e suas transitoriedades. Gosto dos guarda-roupas que abrigaram outras épocas. Roupas que vestiram corpos há muito tempo sepultados. Móveis vividos, especialistas em humanos e suas relações. Neles os cupins não imperam. Apenas espiam orgulhosos, desejosos, mas incapazes. Móveis herdados, legados de gerações passadas e testemunhas de outros tempos. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres de aço e de flores, 2015, p. 63).